Autor de chacina em Sinop está isolado e nos primeiros dias preso chorou, gritou e se auto agrediu

Já indiciado por homicídio qualificado e preso desde um dia após cometer sete mortes, considerada a maior chacina da história de Sinop, em um bar após jogos de sinuca, o ex-empresário Edgar de Oliveira, está preso sem receber visitas e sem regalias na Penitenciária Central do Estado, na capital de Mato Grosso. Ele, conforme informações de fontes de dentro da cadeia, chora, grita e até já tentou se auto agredir, com cabeçadas na parede e nas grades. 

Edgar está isolado, conforme ordem judicial. Ele cometeu o crime no Bruno Snooker Bar, no dia 21 de fevereiro, em Sinop. Na esfera criminal, atualmente, ele está indiciado por homicídio qualificado, roubo, furto, posse irregular de arma de fogo adulterada.

Conforme imagens do bar, Oliveira e seu comparsa, Ezequias Souza Ribeiro, morto em confronto com a polícia, mataram sete pessoas, entre elas uma menina de 12 anos, depois de perderem em jogo de sinuca na terça-feira de Carnaval. 

Na PCE, Edgar ainda não recebeu visitas, a não ser de seu advogado. Nos primeiros dias encarcerado, conforme policiais penais da unidade, “ele chorou, gritou muito e bateu a cabeça dele na parede. Chegou a ter dia que ele amanhecia com a cabeça inchada. Mas, os dias foram passando e ele foi convivendo e acho que aceitando que não vai sair de lá tão cedo”, disse a fonte, que prefere não se identificar para manter sua vida protegida e sua rotina de trabalho prevenida. 

Edgar não pode se misturar com outros presos e tem direito a 2h de banho de sol por dia. “Ele só pode ficar isolado. O risco dele solto ou misturado com outros é perigoso para a vida dele e para a segurança do presídio”. 

Segundo a fonte, Edgar está “decretado”, ou seja, vários outros presos o querem morto por não aceitar que ele matou inocentes e inclusive uma menor de idade.

Com isso, o detento fica afastado dos outros presos em uma cela que tem espaço para duas camas de concreto, mas ele não divide com ninguém. Ele faz quatro refeições por dia e seu banho de sol é separado.

“Por enquanto, agora, nesse período dos últimos dias, ele tá mais quieto. Acho que a ficha tá caindo que ele não vai sair”, comentou a fonte. 

O crime 

A chacina ocorreu no dia 21 de fevereiro, à tarde, na cidade de Sinop. Edgar Ricardo de Oliveira e Ezequias Souza Ribeiro foram identificados por meio dos vídeos das câmeras de segurança do bar. Depois de várias rodadas de sinuca, Oliveira perdeu em torno de R$ 4 mil.

Mais tarde, retornaram e voltaram a perder mais duas rodadas. Neste momento, mostram as imagens, Oliveira se irrita, joga o taco na mesa e dá sinal para Araújo, que pega uma espingarda no carro. O primeiro a ser executado foi o dono do bar, depois o homem que tinha ganhado todas as rodadas. Antes de saírem do local, Oliveira recolheu o dinheiro que estava sobre a mesa de sinuca, e levou celulares e outros objetos das vítimas. 

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