Mulher que teve 80% do corpo queimado pelo ex-marido morre após 10 dias na UTI em MT

Marinalva Aparecida dos Santos Pires, de 48 anos, morreu após ficar 10 dias internadas na UTI — Foto: Reprodução

Marinalva Aparecida dos Santos Pires, de 48 anos, que teve 80% do corpo queimado pelo ex-marido dela, morreu na madrugada desta segunda-feira (8), após ficar 10 dias internada em estado grave em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de Cuiabá. O crime ocorreu no dia 27 de abril, em Paranaíta, a 849 km da capital.

Segundo a Polícia Civil, após atear querosene e queimar Marinalva porque não aceitava o fim do relacionamento, o suspeito, de 58 anos, também jogou fogo em si. Ele foi encontrado escondido, em uma chácara próximo à casa da vítima. A polícia informou que ele continua hospitalizado em estado grave e em custódia policial.

O suspeito respondia por tentativa de feminicídio e, com a morte de Marinalva, ele passa a responder por homicídio consumado, qualificado pela violência doméstica e familiar contra a mulher, por motivo fútil e meio cruel com uso de fogo.

A Prefeitura de Paranaíta emitiu uma nota de pesar sobre a morte de Marinalva. Ela prestava serviços na Saúde do município como servidora terceirizada.

“A Prefeitura de Paranaíta e seus servidores expressam seus pêsames e solidarizam-se com a família e com os amigos neste difícil momento de dor”, diz trecho da nota.

Entenda o caso

A Polícia Militar foi informada de que o ex-marido da vítima havia ateado fogo nela. Segundo a polícia, a mulher foi encontrada despida e com queimaduras graves pelo corpo, sendo socorrida ao hospital municipal.

Marinalva foi encaminhada em estado grave e depois transferida à UTI do Centro de Tratamento de Queimados, no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde ficou internada por dez dias.

Na mesma data em que ocorreu o crime, a Justiça acolheu a representação da Polícia Civil e converteu o flagrante em prisão preventiva. O autor do crime foi transferido para outro município da região e a Polícia Penal permanece na custódia dele no hospital.

Segundo a polícia, Marinalva procurou a delegacia um dia antes do crime para solicitar medida protetiva e relatou que estava separada do suspeito, que ainda morava na residência, mas ela já havia pedido que ele saísse da casa.

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