O agronegócio respondeu por 28 milhões de vagas de emprego no primeiro trimestre de 2023, no Brasil. A marca recorde para o período aparece em um boletim da Universidade de São Paulo (USP), publicado em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na terça-feira, 1º.
De acordo com o boletim “Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro”, o setor absorveu 27% de toda a mão-de-obra empregada no país entre janeiro e março. Além disso, o número de vagas cresceu 1% sobre o mesmo período do ano anterior.
A publicação divide as vagas de emprego seis segmentos. A lista vai de produção de insumos à prestação de serviços. Dois deles concentraram mais da metade das vagas. São eles: o primário (8,3 milhões) e o de agrosserviços (9,8 milhões). Assim, juntos essas áreas responderam por 66% de todos os empregos.
No setor primário, a maior parte das vagas de trabalho se destinaram à agricultura, o carro-chefe do agronegócio brasileiro. Ao todo, foram 5,4 milhões de vagas. A soja, cultura com o maior destaque nas lavouras do país, respondeu por cerca de 10% dessa população.
Na pecuária, por sua vez, o grande destaque ficou para a criação de bovinos, com quase 2 milhões de trabalhadores. Ou seja: 70% de todas as colocações desse ramo.
Os trabalhadores do agronegócio
O documento também traz informações sobre perfil dos trabalhadores do setor. Entre eles, 52% fizeram, pelo menos, o ensino médio. De toda a mão de obra, por volta de 15% de qualificação de nível superior. Somente 7% não possuem instrução formal.
Com relação ao rendimento, são três grandes faixas. A menor renda mensal é dos que trabalham por conta própria: R$ 2,3 mil. Na sequência aparecem os empregados, com a média de R$ 2,7 mil. E os empregadores do agronegócio têm o ganho de R$ 7,2 mil por mês.