A morte violenta de Maria Elizangela Recoliano da Silva, de 39 anos, revoltou as redes sociais no município de Sorriso. A vítima foi encontrada pelos filhos já sem vida e com ferimentos de golpes de faca, na manhã de terça-feira (11).
Sempre animada, quando entrava no ônibus pra ir trabalhar suas gargalhadas se ouviam de longe. Vá em paz minha querida”
O marido dela, Cleonilson Reis Morais, de 40 anos, foi preso em Rosário Oeste suspeito de ter cometido o crime.
A partir de denúncias, o ônibus em que ele estava foi parado na MT-010.
Familiares e amigos lamentaram a morte butal e precoce de Maria Elizangela e a descreveram como uma mulher trabalhadora e alegre.
“Pensa numa mulher guerreira que trabalhava muito para cuidar dos filhos. Sempre animada. Quando entrava no ônibus pra ir trabalhar suas gargalhadas se ouviam de longe. Vá em paz minha querida”, disse uma antiga colega de trabalho.
“Estou de luto. Hoje, aquela que foi a minha grande companheira de aventuras e melhor amiga partiu para sempre deste mundo, despertando em mim uma tristeza sem fim. Partiu cedo demais, mas espero que pelo menos encontre a paz eterna. Eu ficarei eternamente na saudade”, publicou uma amiga.
Outra disse ainda não acreditar na partida da amiga e estar “sem chão nesse momento de dor”.
“Passei a noite pensando em nós, nas nossas conversas, risadas e brincadeiras. Não está sendo fácil […], nunca pensei que isso ia acabar assim”, disse ela.
Revolta
Para além de comoção, o caso também gerou revolta pela brutalidade e pela forma como o suspeito agiu.
Cleonilson entrou no quarto dos filhos no meio da noite e disse que a levaria Maria Elizangela a uma unidade de saúde, pois ela não estava bem.
Os filhos voltaram a dormir e, no dia seguinte, ao acordar, encontraram o corpo da mãe já sem vida.
“Um cara desses dá nojo. […] Se a mulher não te quer diga adeus e obrigado, deixa a mulher em paz. Mas não, prefere matar”.
Maria Elizangela queria por fim à relação e Cleonilson não teria aceitado o término.
“Infelizmente ainda existe esse tipo de pessoa que acha que a mulher é sua propriedade”, dizia outra publicação.
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