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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Botelho e Sônia Meira participam da 2ª caminhada pelo fim da violência contra mulheres e meninas

Cuiabá deu visibilidade para a 2ª edição da ‘Campanha Pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas’, neste domingo (10), no Parque Mãe Bonifácia. Evento realizado pelo Grupo Mulheres do Brasil, que contou com as presenças da primeira-dama Sônia Meira Botelho e do deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa.

De acordo com Kate Agnes Custódio, líder do Grupo Mulheres do Brasil, a caminhada mundial mostrou a indignação pelos altos índices de violência registrados no Estado. Objetivo é unir homens, mulheres, famílias, a sociedade civil organizada para propor medidas efetivas de combate à violência doméstica. A campanha teve início em 20 de novembro e encerra no Dia Internacional dos Direitos Humanos, comemorado dia 10 de dezembro.

“Estamos no período de 21 dias de ativismo pelo fim da violência. A caminhada é a 6ª do Brasil e em Cuiabá é a 2ª, que chama atenção da sociedade para não aceitar mais essa situação que é grave. Mato Grosso é um dos primeiros no ranking da violência contra mulheres e meninas. A cada dois minutos uma mulher sofre agressão, a cada uma hora, aproximadamente, nove mulheres são estupradas e a cada seis horas uma morre por feminicídio. Apenas por ser mulher. Nosso partido é o Brasil e, por isso é incrível a participação da Assembleia Legislativa, que está ao nosso lado”, destacou Kate Custódio.

Durante a caminhada, o deputado Botelho chamou a atenção para a participação da sociedade nesse movimento para acabar com o feminicídio e a agressão contra mulher e menina. “Nós fazemos um grande movimento, especialmente, para trabalharmos na Educação, a fim de educarmos as crianças. Aí, já crescem com esse sentimento de que não deve existir a violência contra a mulher. Unidos vamos acabar de vez com esse mal, uma vergonha nacional e mato-grossense por ser líder na agressão contra a mulher”, afirma Botelho, que participou da caminhada pelo fim da violência.

Além disso, segundo o deputado, a Assembleia Legislativa está firme nesse combate criando leis, câmaras temáticas, para levar essa discussão e ver onde é preciso atuar para acabar de vez com isso. “Mas, falo novamente que é preciso o empenho de toda a sociedade nesse enfrentamento”, avaliou Botelho.

Sônia Meira Botelho, presidente de honra da Assembleia Social, conclamou a participação de todos. “A importância desse movimento é mostrar a força do quanto unidas somos fortes. Então, vamos nos unir porque sozinhas não chegamos a lugar nenhum. Mas, com uma companheira ao lado, para levantar a moral, dando incentivo, mostrando que há outro caminho, a gente segue em frente. A união faz a força!”

Um exemplo de superação é da dona de casa, Eritanha Tavares da Silva, que superou a violência doméstica com o apoio que recebeu. “Comecei a frequentar a Delegacia da Mulher e depois o Grupo de Mulheres do Brasil. Assim, percebi que ainda posso sonhar. Consegui o divórcio, a guarda dos meus filhos e minha esperança foi renovada. Deram o pontapé para eu seguir, evoluindo, trabalhando, e não sai mais. Por isso, gosto muito de participar das ações que ajudam outras mulheres”.

Feminicídio: Dados alarmantes em MT

A delegada Jozirlethe Criveletto é líder do comitê responsável pela organização da caminhada e atua na Delegacia Especializada do Adolescente – DEA, de Cuiabá. Ela destacou o trabalho em parceria com a ALMT. Alertou para os números alarmantes: Até junho desde ano, 722 mulheres foram mortas no Brasil. Em Mato Grosso, 34 feminicídios foram registrados de janeiro até novembro. Já no início de dezembro mais dois foram registrados. Um total de 36 casos. A delegada disse que é preocupante que Mato Grosso tenha esse alto número de feminicídios e lamentou caso de Sorriso, onde quatro mulheres da mesma família foram assassinadas.

“Esse ato simbólico é para mostrar aos nossos gestores de que precisamos de políticas públicas, que possam evidenciar mais o respeito pela mulher, pelo corpo da mulher. Entendemos que a política nacional de enfrentamento, que é feita em quatro eixos: garantias de direitos, combate, prevenção e assistência, precisa ser realmente aplicada. Temos a Lei Maria da Penha, Lei do Feminicídio, lei que coloca o descumprimento como crime, diversas modificações realizadas dentro da Lei Maria da Penha para proteger a mulher. Vem caminhando bem, mas precisamos de mudança na cultura dentro da sociedade. Precisamos educar as nossas crianças e sermos exemplos. Sem isso, não conseguiremos avançar nessa jornada pelo fim da violência contra  mulher”.

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