Diretora-geral diz que Polícia Civil deve concluir inquérito sobre chacina em Sinop antes do prazo

A diretora-geral da Polícia Civil em Mato Grosso, delegada Daniela Maidel, estimou, hoje, que o inquérito sobre a chacina que vitimou sete pessoas, na última semana, em Sinop, deve ser concluído antes de 30 dias. Ela fez a afirmação ao comentar sobre o prazo da prisão temporária de Edgar Ricardo de Oliveira, único suspeito preso pelas mortes.

“A prisão temporária é voltada à conclusão das investigações. Como os trabalhos estão bem adiantados, está sendo feito um trabalho bastante criterioso pela equipe de Sinop, acreditamos que o inquérito esteja concluído antes dos 30 dias. E tudo leva a crer que essa prisão será transformada em preventiva”, afirmou Daniela.

Edgar teve a prisão temporária, com validade de 30 dias, decretada pela Justiça de Sinop, na semana passada, após se entregar à Polícia Civil. Diferente da temporária, a prisão preventiva tem prazo indeterminado, sendo reavaliada regularmente pelo Poder Judiciário.

Na decisão que determinou a prisão temporária, a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos também decidiu pela transferência do preso para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. A medida, segundo a juíza, levou em consideração a “repercussão nacional do fato, bem como a necessidade de resguardar a segurança e integridade física do autuado”. Rosângela determinou que, até a transferência, Edgar fosse mantido em “cela condizente com a condição de preso temporária e com a sua segurança resguardada”.

O suspeito passou por audiência de custódia, na semana passada, em Sinop. Em depoimento, respondeu apenas questões chamadas “qualificatórias”, como endereço e ocupação, permanecendo em silêncio sobre os assassinatos.

O suspeito se entregou dois dias depois à Polícia Civil. A equipe policial foi até a residência onde ele estava, na rua Projetada R no bairro Jardim Califórnia e cumpriu o mandado de prisão expedido pelo judiciário. 

As forças de segurança estavam fazendo buscas desde o momento da chacina. O delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, Bráulio Junqueira, detalhou sobre a prisão. “O advogado entrou em contato e se prontificou em apresentar o Edgar. Conversamos e alinhamos a melhor estratégia, fez algumas exigências, entre elas a presença da imprensa e que ele estivesse junto com a equipe dele, para garantir a integridade. Deslocamos até o local indicado por ele e efetuamos a prisão”. 

“Ele apresentou a versão dele em off para gente, mas vai responder por sete homicídios e todos eles qualificados. O mais importante é que o caso está resolvido, os autores estão identificados, um veio a óbito em troca de tiros com a Polícia Militar e o Edgar se apresentou. O trabalho da Polícia Civil está encerrado nesse caso”, explicou.

Braúlio reforçou que ambos os acusados possuem passagens criminais. “O Ezequias, que faleceu, tinha várias passagens, as mais graves eram por roubo, porte ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha, além de ameaça e lesão corporal. Já o Edgar tem duas passagens, por ameaça e lesão corporal, no âmbito de violência doméstica”, concluiu.

Um dia antes da prisão de Edgar, outro envolvido, Ezequias Souza Ribeiro, 27 anos, morreu em confronto com a polícia. “Ele entrou em confronto com a equipe em uma área de mata. Foi levado às pressas, mas veio a óbito”, confirmou o coronel Sodré, comandante regional da PM. 

spot_img

Conforme Só Notícias já informou, os crimes ocorreram após uma desavença envolvendo jogo de sinuca em um bar no Jardim Lisboa, com aposta de dinheiro. Os dois homens, que estariam jogando, cometeram as execuções à queima roupa e fugiram.

Foram assassinados Elizeu Santos da Silva, 47 anos, Orisberto Pereira Sousa, 38 anos, Adriano Balbinote, 46, José Ramos Tenório, 48, o dono do bar Maciel Bruno de Andrade Costa, 35, Getúlio Rodrigues Frazão Junior, 36, e sua filha, de 12 anos.

 Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

spot_img

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui