Uma estudante de medicina foi flagrada com um cigarro eletrônico dentro do centro obstétrico do Hospital Maternidade Municipal Leila Diniz, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. A foto da mulher com o dispositivo em uma das mãos circulou nas redes sociais. Ela fazia parte de um programa de internato na unidade e não foi identificada.
O caso teria acontecido na última semana. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ela foi vista com o cigarro eletrônico — também chamado de “vape” — aparentemente desligado dentro da sala de parto.
A direção da maternidade afirma, ainda, que, ao tomar conhecimento do caso, desligou a universitária do programa de internato da unidade. Os diretores do hospital também lamentaram a postura da estudante.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio lembra que “é expressamente proibido o uso de cigarros de qualquer tipo em ambiente hospitalar”.
Riscos à saúde
Uma pesquisa inédita, publicada na revista científica World Journal of Oncology e divulgada pelo GLOBO, descobriu que usuários de cigarro eletrônico são diagnosticados com câncer quase 20 anos antes do que os fumantes convencionais. Além disso, o uso desse aparelho aumenta o risco de tumores.
A equipe, composta por pesquisadores de diversas universidades americanas, analisou informações de 154.856 pacientes, coletadas entre 2015 e 2018. Destes, 5% eram usuários de cigarros eletrônicos, 31,4% eram fumantes tradicionais e 63,6% eram não fumantes.
Além disso, pessoas que usam vape têm menor prevalência de câncer em comparação com o tabagismo tradicional. No entanto, elas foram diagnosticados com câncer em uma idade mais jovem — em média aos 45 anos, contra 63 nos fumantes tradicionais.
Outro dado revelado pelo estudo é que os tumores mais comuns entre usuários de vape são diferentes daqueles observados em pessoas que fumam cigarro. Os cânceres mais comuns entre esse público foram: cervical, leucemia, de pele e de tiroide.
O GLOBO