A expectativa do setor agropecuário é de que sejam liberados 800 bilhões de reais e parte dos investimentos podem ser direcionados para conter a falta de lugar para guardar a produção de grãos.
Durante o Show Rural realizado no município de Colíder, no norte de Mato Grosso, o articulista, palestrante e comunicador José Luiz Tejon, falou sobre a falta de espaço para armazenagem de soja, milho e outros produtos. Ele arriscou um número para o total de investimentos do governo federal.
“Tenho conversado com o ministro da agricultura que é aqui de Mato Grosso, sobre o assunto. A previsão é de que sejam liberados 800 bilhões de reais no próximo Plano Safra. O ministro Fávaro, entende que o setor precisa de investimentos urgentes em seguro rural e especialmente na armazenagem. Hoje, não conseguimos guardar nem a metade do que produzimos”, destacou Tejon.
O empresário, dono da Construtora Lindóia e da Piso Forte, Luiz Carlos Cavaglieri (Dóia) acompanha o setor do agro desde 1997, ele trabalha na construção de armazéns, barracões e bases de silos. Nestes 26 anos, estima que foram realizadas obras que contemplam R $100.000.000 de sacas de grãos. A empresa, que edifica obras e fabrica peças pré-moldadas, tem capacidade técnica e operacional para atender a novas demandas.
“Aprendemos muito nestes 26 anos e temos time, matéria prima e logística para atuar em qualquer região de Mato Grosso ou até mesmo fora daqui. Considero que a auto suficiência do agricultor, pode sim ajudar a ter mais autonomia nos preços e no momento da venda. A gente sente essa diferença entre os produtores rurais que atuam desta forma,” exemplifica o empresário.
Para o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson José Redivo, que também faz parte da diretoria da Aprosoja MT e é vice-presidente da Famato, a situação da falta de armazéns, somada a logística atual, dificultam a lucratividade dos produtores rurais.
“Somos um estado que tem a melhor tecnologia do mundo nas lavouras, preservamos mais de 60 por cento das áreas das matas, muitas delas dentro de nossas propriedades. Agora, o governo precisa fazer a parte dele e uma das demandas é atender a construção de armazéns, com linhas de crédito viáveis e com juros que possamos honrar os pagamentos,” enfatizou.
O Plano Safra deve ser divulgado no começo do mês que vem (julho 2023).
ASSESSORIA