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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Filhote de onça-pintada resgatado em Sinop após incêndios

REPRODUÇÃO

O medo e a angústia nos grandes olhos do filhote de onça-pintada batizado de ‘Xamã’ deu lugar a um brilho revigorado e cheio de saúde depois de ter sido resgatado dos incêndios florestais no ano passado, em Sinop. Nesta segunda-feira (20), ele completou um mês de reabilitação no abrigo da ONG Onçafari e, agora, aguarda para ser solto na natureza.

Com oito meses de idade e pesando 27 kg, Xamã aproveita o espaço de 15 mil metros quadrados, com árvores nativas e repleto de armadilhas fotográficas, para viver uma simulação de como seria sua vida selvagem.

Esse monitoramento é necessário porque ele foi resgatado bastante debilitado por causa das queimadas, quando se separou da sua mãe e foi socorrido pelo Setor de Animais Silvestres da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em agosto de 2022. Além disso, a espécie dos felinos está em risco de extinção, o que aumenta a responsabilidade sobre a sua preservação.

Abrigo onde Xamã está se recuperando para ser solto na natureza — Foto: Leonardo Sartorello/Onçafari
Abrigo onde Xamã está se recuperando para ser solto na natureza — Foto: Leonardo Sartorello/Onçafari

Segundo uma das responsáveis pelo filhote na ONG, Juliana Altona, os quatro primeiros dias de adaptação de Xamã no abrigo foi cheio de curiosidade. Ele sequer se preocupou em se alimentar, tamanha era a vontade de explorar a nova casa.

“Depois do terceiro dia, já começamos a ver pegadas dele circulando a tela do recinto. Isso mostra que ele já está explorando. Ele tem um comportamento muito bom. Quando escuta qualquer barulho, ele se esconde. Desde que chegou, não visualizamos ele. Somente captamos imagens das câmeras que ficam na tela”, contou.

Conforme Altona, por volta de 14 meses ele terá idade suficiente para começar a caçar. Se ele estivesse solto na natureza, nessa idade ele já estaria acompanhando a mãe ou apenas assistindo a caça.

O filhote ainda deve aprender mais sobre como interagir com outros animais, segundo Altona. Para isso, a ONG preparou um local com uma cerca para que outras espécies passam perto dele, com objetivo de estimular um contato seguro.

“Animais que visitam a parte de fora do recinto, poderão interagir com ele, tanto positivamente, quanto negativamente. Até ele atingir essa maturidade na caça, vamos oferecer pedaços de carne”, explicou.

O filhote segue sob supervisão em uma das bases da ONG localizada em Jacareacanga, no Pará, desde que foi transferido de Sinop, no começo deste ano.

G1 MT

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