O financiador do ataque a transportadora de valores, em Confresa, negociou uma fazenda no Maranhão por R$ 5 milhões, segundo informaram delegados da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (9). A polícia identificou 3 financiadores do crime.
Ao todo, 28 criminosos estavam em Confresa e 5 eram “piloteiros” que trabalharam transportando os criminosos. Todos eles fugiram para o Tocantins. Deste total ainda restam prender 13 suspeitos, segundo a polícia.
“Temos informações de que um desses financiadores negociou uma fazenda no Maranhão por R$ 5 milhões, esse preço seria pago 15 dias depois do crime”, afirmou o delegado Gustavo Belão, titular da GCCO.
Com o insucesso do crime a fazenda não foi adquirida. A polícia acredita que a expectativa dos criminosos era alta sobre o dinheiro que havia no local e que muito provavelmente não encontrariam o que esperavam. O titular da GCCO disse que durante as investigações não foi detectada participação de funcionários da empresa na organiação do assalto.
A GCCO acredita que o crime foi planejado pelo menos dois anos antes do ocorrido, em abril deste ano. Um dos detidos preso em Redenção, no Pará, confessou ter sido convidado para o crime dois anos antes.
Segundo os delegados, um dos presos é um exímio manuseador de “lança térmica”, equipamento essencial para cortar paredes de ferro e cofre de bancos e transportadoras de valores.
Além disso, existiam integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) entre os criminosos. Belão alega, em contrapartida, que não é possível afirmar que o crime tenha sido realizado pela facção.
“A investigação evoluiu a ponto de identificar pelo menos 13 supostos financiadores e agora com a análise de tudo que foi coletado a nossa intenção é trazer aos autos da investigação e provar que esses eram os financiadores”, afirma o delegado Gustavo Belão.
MÍDIA JUR
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