O Brasil pode voltar a adiantar os relógios ainda este ano. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) deve apresentar ao Ministério de Minas e Energia nesta terça-feira (15) um posicionamento sobre o retorno do horário de verão. A expectativa é que o governo federal anuncie uma decisão final sobre o assunto nesta quarta-feira (16).
A medida, que foi suspensa em 2019, voltou à pauta do governo como uma forma de economizar energia e otimizar a geração pelas fontes solar e eólica, especialmente em períodos de maior demanda. Segundo estudos do ONS, a economia anual com a volta do horário de verão poderia chegar a R$ 1,8 bilhão.
No entanto, o ONS recomenda que a medida seja implementada apenas em 2025, alegando que é necessário um tempo maior para que os sistemas sejam ajustados. Já o Ministério de Minas e Energia, comandado por Alexandre Silveira, afirmou na semana passada que a retomada do horário de verão neste ano só será considerada se for “imprescindível” para garantir o abastecimento de energia no país.
A possibilidade de antecipar a volta do horário de verão tem gerado debates entre diferentes setores da sociedade. Enquanto o setor elétrico defende a medida como uma forma de reduzir custos e garantir a segurança energética, outras áreas, como a aviação, expressam preocupação com os impactos da mudança de horário. Representantes das empresas aéreas alegam que é necessário um prazo mínimo de seis meses para se adaptar ao novo fuso horário e evitar transtornos aos passageiros.
A decisão do governo sobre o retorno do horário de verão deve levar em consideração diversos fatores, como os impactos econômicos, sociais e ambientais da medida, além das opiniões de diferentes setores da sociedade.
NORTÃO MT