Nesta sexta-feira, 15, o Ministério da Agricultura alterou o calendário para o plantio da soja em cinco Estados. São eles: Bahia, Rondônia, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul — todos eles importantes produtores do grão no Brasil.
A alteração do calendário da semeadura de soja ocorreu na esteira de uma solicitação dos Estados do Sul do país. Os agricultores contestaram o período de plantio estabelecido pelo governo Lula para a safra 2023/2024. Publicado por uma portaria de julho, ele reduziu o intervalo de plantio para cerca de 100 dias.
Contudo, a decisão da pasta hoje não contemplou integralmente a proposta dos produtores. Na safra 2022/2024, os Estados do Sul tiveram cerca de 140 dias para fazer o plantio. Depois da revisão, algumas áreas da Região conseguiram uma expansão para, no máximo, 121 dias. Em outras, o prazo se manteve em 100 dias.
Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, disse que a sede do ministério em Brasília anunciou a medida sem discutir previamente seus efeitos com os produtores. Além disso, de acordo com o produtor, os superintendentes da pasta na Região Sul apoiavam a demanda dos agricultores do Estado.
Soja no Sul do país
A agricultura do Sul responde por 25% de toda a safra do grão no Brasil. O grão é o carro-chefe do agronegócio brasileiro. A região também abriga o Estado com a segunda maior colheita cultural no país.
Em 2022, os paraenses produziram mais soja que a Argentina. Essa nação possui a terceira maior safra do mundo.
A apreciação pelo grão ocorre em razão da versatilidade da aplicação. Com soja, é usada para a nutrição de animais, na fabricação de alimentos para humanos e também para a produção de insumos para a indústria em geral. A lista inclui até mesmo produtos de higiene, como pastas de dentes.
REVISTA OESTE