O Hospital Regional de Sorriso, no norte do estado, foi notificado pelo Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) e pelo Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma-MT), nessa terça-feira (4), devido às condições de trabalho e estrutura do local.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) informou que o Hospital Regional de Sorriso ainda não foi oficialmente notificado e que a direção da unidade acompanhou a visita das equipes do Coren-MT, do Sisma-MT e da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e registrou os apontamentos feitos.
“Quanto à questão dos profissionais de enfermagem, o Hospital Regional esclarece que foi realizado um Processo Seletivo em fevereiro de 2023; os novos profissionais devem assumir os postos de trabalho no próximo dia 10 de abril. A SES ainda esclarece que o Hospita passa por constante modernização”, disse.
Durante vistoria na unidade nesta semana, o Conselho fiscalizou questões relativas ao exercício profissional na enfermagem e o Sindicato sobre as condições de trabalho e estruturais do hospital. Nos dois casos foram encontradas irregularidades, segundo as equipes.
O relatório apontou que o Hospital Regional possui 150 leitos e apenas 46 enfermeiros e 123 técnicos para prestar assistência aos pacientes de alta complexidade de trauma, pediatria e materno infantil de 17 municípios da região.
Em alguns setores, segundo o Coren-MT, não havia enfermeiro responsável e a quantidade de técnicos era insuficiente diante da quantidade de pessoas internadas.
Já o Sisma/MT apontou que a carga horária dos profissionais não estava sendo cumprida de acordo com o contrato e que não há pagamento de horas extras. Os profissionais compensam o excedente trabalhado com banco de horas.
Em relação à estrutura, segundo o sindicato, foram encontrados vazamentos, goteiras e rachaduras no prédio, inclusive no centro cirúrgico.
O hospital tem sido notificado pelo Coren-MT desde 2021 por causa do subdimensionamento que tem provocado excesso de carga horária dos trabalhadores para prestar o cuidado aos pacientes internados.
Há ainda uma ação civil pública em andamento que foi apresentada à Justiça, mas os problemas apontados não foram resolvidos.
G1 MT
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