A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, deferiu o pedido de prisão domiciliar em favor de três mulheres apontadas como integrantes da facção criminosa Comando Vermelho no município de Água Boa (735 km da Capital). O benefício foi concedido ante à comprovação de que uma das acusadas está grávida e as outras duas são mães de crianças abaixo de 12 anos.
As três mulheres — Lucilene Pereira da Silva, Dara Raquel Pereira Montel e Fabiane Terezinha Bonifácio — foram alvos de operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) pelo suposto envolvimento com o Comando Vermelho e com o tráfico de drogas.
As três foram denunciadas em dezembro do ano passado e o último mandado de prisão preventiva foi cumprido em 3 de março. Antes mesmo da prisão de todas as integrantes do trio, porém, as defesas já haviam pleiteado a conversão da prisão preventiva em domiciliar em razão do papel desempenhado por duas delas como mães e da gravidez da terceira.
Consta nos autos que Fabiane Terezinha Bonifácio é mãe de um menino de sete anos; Lucilene Pereira da Silva é mãe de quatro filhos com cinco, nove e 11 anos de idade e Dara Raquel Pereira Montel está grávida de 16 semanas.
O Ministério Público se opôs aos pedidos de prisão domiciliar à luz da justificativa de que as mães expõem os filhos às atividades criminosas e que a gestante tem acesso ao pré-natal dentro da cadeia. A juíza, porém, considerou que apesar dos indícios de que as mulheres integrem o CV, os crimes praticados por elas não tiveram emprego de violência ou grave ameaça à pessoa, além das três terem comprovado nos autos a existência de filhos menores e gravidez.
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