25 C
Cuiabá
sexta-feira, novembro 22, 2024
spot_img

Juíza suspende obra da ferrovia que ligará Lucas do Rio Verde a Cuiabá e Rondonópolis

Em uma decisão que repercute na região, a Justiça de Rondonópolis suspendeu a licença de instalação da ferrovia estadual que ligaria Lucas do Rio Verde a Rondonópolis. A decisão, proferida pela juíza Milene Aparecida Pereira Beltramini, atende a um pedido da Prefeitura, que alegou alteração no traçado original sem a devida autorização e a falta de uma audiência pública com a população.

A mudança no traçado da ferrovia, segundo a prefeitura, aproximaria a obra da área urbana, causando diversos impactos ambientais e sociais, como ruídos, vibrações, desmatamento e poluição. A juíza concordou com os argumentos da prefeitura e ressaltou a importância de se realizar uma audiência pública para discutir as alterações e seus impactos.

“Registra-se que as construções de ferrovias são, normalmente, em locais bem afastados do perímetro urbano, porquanto os sons emitidos pelas máquinas ocasionam incômodos às pessoas e aos animais que habitam naquela região; além disso, vibrações nos imóveis residenciais que ocasionam mudanças nos solos do local, podendo tornar o solo infértil e instável; ocasiona desmatamento de mata virgem; a morte de microrganismos vivos, infertilidade do solo e poluição do ar, dentre outros malefícios ao meio ambiente”, destacou a juíza.

Ela considerou que se os trilhos não podem passar próximo à área do Exército, também não deveriam passar “nos quintais dos munícipes rondonopolitanos”. Ela verificou que a alteração do traçado, de fato, não passou por aprovação da Prefeitura de Rondonópolis.

“Cabe única e exclusivamente ao Município de Rondonópolis verificar se o local e o tipo de empreendimento proposto pelos requeridos encontra-se de acordo com o previsto em sua Lei de Uso de Ocupação do Solo (…). As empresas requeridas não realizaram audiência pública para tratar das alterações do novo traçado; os trilhos passarão a uma distância aproximada de 40/50 metros da área urbana da cidade. Do cotejo dos autos, o novo traçado não atende os impactos ambiental e nem social, trazendo enormes riscos à população”, pontuou.

A Rumo, empresa responsável pela obra, já se manifestou, pedindo a suspensão do embargo, mas o pedido foi negado pela Justiça. A empresa alegou que a alteração no traçado foi necessária devido à proximidade com uma área do Exército.

GAZETA DIGITAL COM NORTÃO MT

veja mais

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Nossas Redes

12,000FãsCurtir
35,000SeguidoresSeguir
50,000SeguidoresSeguir
- Advertisement -spot_img

Mais Recentes