O ex-deputado Nilson Leitão (PSDB) e o deputado federal José Medeiros (PODE) se reuniram com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), na terça-feira (8), para discutir a construção de uma candidatura própria ao governo do Estado pelo grupo bolsonarista mato-grossense. No encontro em Brasília, Leitão se colocou a disposição para construir o palanque do presidente no Estado, juntamente com Medeiros, que busca consolidar sua candidatura ao Senado com o apoio de Bolsonaro.
Nilson Leitão passa ser a principal alternativa de Bolsonaro para o Palácio Paiaguás, já que o senador Wellington Fagundes (PL) mantém a sua intenção de disputar a reeleição no Senado. Diante da negativa, Bolsonaro já busca construir o seu palanque fora do PL, partido que se filiou.
Com isso, Medeiros ganharia folêgo para disputar o Senado na chapa com Nilson Leitão, que deverá deixar o PSDB para concorrer ao Palácio Paiaguás. Já Wellington Fagundes insisitirá em levar o PL para apoiar o governador Mauro Mendes (União), para sair como candidato ao Senado. Tanto que dentro do União Brasil, Fagundes já tem apoio expressivo do senador Jayme Campos, do ex-governador Júlio Campos e do presidente da sigla, Fábio Garcia, que evita falar sobre o assunto.
No entanto, Wellington poderá disputar sem o apoio dos bolsonaristas mato-grossenses e do próprio presidente, que já tem manifestado o desejo de não estar no mesmo palanque de Mauro Mendes. No mesmo horário em que Bolsonaro recebia Medeiros e Leitão, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), comunicou que se licenciará da prefeitura a partir do dia 15 de março para avaliar se disputará ou não o governo do Estado
Pinheiro ainda coloca o nome de Leitão como alternativa ao governo. Resta saber se Emanuel teria o apoio dos bolsonaristas para ser o candidato do presidente ao governo de Mato Grosso.