Regivaldo Batista Cardoso e Soeli Fava Calci entraram com uma ação contra o Estado de Mato Grosso pedindo indenização de R$ 40 milhões em razão da chacina que vitimou Cleci Calvi e suas filhas Miliane Calvi Cardoso, 19, Manuela Calvi Cardoso, 13, e Melissa Calvi Cardoso, 10, em novembro de 2023. Eles apontam negligência do Estado já que o suspeito Gilberto Rodrigues já tinha passagens por estupro e latrocínio.
Por meio de comunicado nas redes sociais os advogados de Regivaldo e Soeli, Conrado Pavelski Neto e João Maria Goes Junior, informaram que no dia 12 de junho entraram com ação indenizatória contra o Estado por conta da chacina, alegando negligência e omissão. São duas ações, cada uma delas pedindo o valor de R$ 20 milhões.
Ao Gazeta Digital o advogado Conrado Pavelski disse que o objetivo é que o Estado responda pelos seus atos. Ele explicou que a esperança é que seja realizada uma audiência de conciliação, já que ações contra o Poder Público são muito demoradas.
“Em casos como esse a pretensão nem é financeira até porque se eventualmente alguém receber algum dinheiro, possivelmente nem será a dona Sueli ou o Regivaldo, será uma outra geração da família porque em casos contra o Estado é isso que acontece. […] Geralmente ação contra o Estado, contra a União, é extremamente demorada, também para executar e cobrar. Mas pelo menos que sejam responsabilizados por um ato negligente e por uma omissão, se tinham todas as condições ali de prender o causador de toda essa tragédia”.
Ainda em 2023 Gilberto já havia sido preso por um estupro que ocorreu na cidade de Lucas do Rio Verde. Ele agiu do mesmo modo, invadiu a casa à noite, estuprou uma mulher e tentou cortar a garganta dela. Além disso, ele também já tinha passagem por roubo seguido de morte.
Na publicação no Instagram o advogado Conrado Pavelski afirmou que “nenhum valor será capaz de trazer Cleci, Miliane, Manuela e Melissa à vida”, porém é importante que medidas sejam tomadas para que “NUNCA mais uma família sofra o peso de um ato negligente e omisso!”.
GAZETA DIGITAL – VINICIUS MENDES