As investigações da PF (Polícia Federal) concluíram que nove corpos estavam na embarcação encontrada à deriva na costa de Bragança (PA) no sábado (13). Oito deles estavam dentro do barco e um novo corpo foi localizado nas proximidades, com caraterísticas que sugerem fazer parte do mesmo grupo de vítimas. Documentos e objetos encontrados junto aos corpos apontam que as vítimas eram migrantes do continente africano, da região da Mauritânia e Mali, mas a PF ainda não descarta a existência de pessoas de outras nacionalidades ou que tenham saído de outro lugar.
Inicialmente acreditavam se tratar de 20 corpos, devido ao avançado estado de decomposição, mas os resultados dos exames divulgados nessa segunda-feira (15) derrubaram essa tese. O objetivo da perícia é estabelecer a identidade dos corpos adotando protocolos de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI). Os trabalhos periciais também terão por objetivo verificar a origem dos passageiros, a causa das mortes e o tempo estimado de casa óbito.
O resgate aconteceu no último sábado (13), quando pescadores da região avistaram a embarcação à deriva. Polícia Federal, Marinha do Brasil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Cientifica, Defesa Civil, Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará, Defesa Civil do Pará, Guarda Civil Municipal, Departamento Municipal de Trânsito de Bragança e Prefeitura de Bragança atuaram no resgate e remoção do barco.
A embarcação foi encontrada por pescadores locais nas proximidades da Ilha de Canelas. Logo após a identificação, agentes da PF e militares da Marinha foram enviados ao local para colher provas e acompanhar a retirada dos corpos. O MPF (Ministério Público Federal) abriu duas investigações, uma criminal, que foca eventuais crimes cometidos e na responsabilização penal de autores, e outra cível, que apura questões de interesse público e da proteção de direitos que não necessariamente envolvem crimes.
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