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sábado, novembro 23, 2024
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Policiais que roubavam drogas de delegacia ostentavam vida de luxo em MT

Dois dos cinco policiais presos na Operação Efialtes, em dezembro de 2022, ostentavam uma vida de luxo nas redes sociais com direito a passeios de lancha e festas, com padrões que excediam os rendimentos como servidores públicos. Em decisão que manteve a prisão dos policiais, o juiz Jean Bezerra, da 7ª Vara Criminal, mostra como funcionava a organização criminosa e como cada um deles agia no processo.

Apontado como líder da quadrilha, o policial civil Antônio Mamedes Pinto de Miranda movimentou entre junho de 2021 e maio de 2022 mais de R$ 2,9 milhões em suas contas bancárias. Na movimentação dos valores, eles usavam contas de empresas de fachada como a Madeireira Favo de Mel que pagou a Antônio e a seu sobrinho R$ 834,2 mil.

Mamedes junto com o investigador Sérgio Amâncio da Cruz eram os servidores do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) que ostentavam nas redes sociais. Eles viviam uma vida incompatível com seus rendimentos “sendo vistos, muitas vezes, ostentando dinheiro, passeando de lanchas no Rio Paraguaia e em festas”, diz trecho da decisão.

Os dois eram do mesmo plantão no Cisc e tiravam os horários de descanso juntos, depois das 23 horas, momento em que aproveitavam para subtrair os entorpecentes apreendidos.

Também foi comprovado o envolvimento do escrivão Paulo Sérgio Gonçalves Alonso, que atuava na Delegacia Especializada de Fronteira (Defron). Segundo as investigações, ele era responsável pela chave que dava acesso à sala cofre, onde ficavam as drogas. Foi constatado ainda que o material ficava por mais dias que o necessário na Drfron para depois ser enviada para depósito no Cisc.

Paulo Sérgio inclusive compareceu à delegacia durante suas férias em 2021 para “verificar” algumas questões relativas à apreensões. Também era de sua responsabilidade separar a droga em lotes para serem incinerados, momento em que ele fazia a troca por tabletes cheios de gesso, areia ou isopor.

Outro policial envolvido da Defron é Ariovaldo Marques de Aguilar, que inclusive já foi investigado em 2012 por fazer “arrocho” ou seja, roubar drogas de traficantes para revender a outros bandidos.

Por último a quadrilha tinha como integrante o policial civil Luismar Castrillon Ramos, que participava do furto de pasta base e cocaína e depois ajudava na revenda para traficantes. Ele chegou inclusive a guardar entorpecentes em sua casa antes do material ser enviado para estados como Maranhão, Goiás e Rondônia.

J1 AGORA

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