A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) lançaram, nesta segunda-feira (10/7), o Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho DDG/DDGS 2023-2025.
O objetivo é promover o produto internacionalmente. Os mercados-alvo foram selecionados com base na produção pecuária. São eles: China, Espanha, Indonésia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Tailândia, Turquia e Vietnã.
O DDG é obtido a partir do processamento do milho para produção de etanol e é utilizado como fonte de proteína na alimentação animal. O aumento da produção do cereal no Brasil e, consequentemente, do farelo levam a uma redução do preço, o que torna o produto mais atrativo em relação a outras fontes de nutrição animal.
A estimativa para a safra 2022/23 é que o Brasil produza 3 milhões de toneladas de DDG/DDGS. As projeções indicam que até 2031/2032 esse volume chegará próximo de 6,5 milhões de toneladas.
“O DDG/DDGS é essencial para a conversão de milho em proteína animal. A parceria com a Unem faz parte desse movimento de aproximação da Agência com os setores relevantes para a transição energética global, sempre buscando modelos sustentáveis”, disse o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, durante evento em Sorriso (MT).
“Esta parceria é muito emblemática para um setor novo, que se organiza para uma agenda de promoção, fomento e comércio internacional que vai gerar valor a toda uma cadeia de negócios, desde a produção de grão, proteínas e floresta plantada até a geração de renda e arrecadação de impostos”, afirmou Guilherme Nolasco, presidente-executivo da Unem.
A utilização do farelo de milho na indústria brasileira começou em 2010. Atualmente, o país possui 20 indústrias usinas de etanol de milho em operação e outras nove usinas com autorização para construção, todas com potencial para produção de DDG/DDGS.
De acordo com um relatório da MarketsandMarkets, a demanda global por DDG/DDGS deverá crescer a uma taxa composta anual de 3,2% entre 2020 e 2025, impulsionada pelo aumento do consumo de carne, sobretudo em países em desenvolvimento.
A exportação do farelo de milho representa uma oportunidade de gerar mais receitas às empresas do setor, diz a Unem. “O DDG/DDGS pode assumir cerca de 20% a 25% do faturamento da indústria de etanol, garantindo a sustentabilidade do negócio, sendo que a cadeia do etanol, farelo e óleo de milho, pode gerar um valor agregado de cerca de 60% maior do que o grão cru”, explicou a entidade em material enviado à imprensa.
GLOBO RURAL
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