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sábado, novembro 23, 2024
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Rim de idosa ‘some’ e família denuncia negligência após morte em hospital público

A família de uma idosa que morreu na rede pública de saúde do Distrito Federal foi à Polícia Civil denunciar negligência médica após várias tentativas de atendimento, em março deste ano. A família também convive a incerteza sobre o que realmente aconteceu com Dona Emídia, já que um laudo feito pela própria Secretaria de Saúde do DF mostra que um dos rins da idosa sumiu.

“Tem sido muito dolorido porque a gente não teve nenhuma resposta da Secretaria de Saúde. As respostas que eles estão dando não estão sendo convincentes para gente. Eles falaram que o rim atrofiou, que o rim não era compatível. A gente quer saber onde que foi parar o rim dela, o que aconteceu e várias outras coisas também, o atendimento, que ela não teve atendimento”, diz Gidália Nunes, filha da idosa.

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O corpo de Dona Emídia será exumado nesta terça-feira (25). Um inquérito policial já foi instaurado e o resultado da autópsia deve determinar os próximos passos da investigação.

Em nota, a SES-DF disse que colabora com as investigações e, sempre que solicitada, fornece informações aos órgão competentes. A pasta informou ainda que abriu um processo de investigação interno para apurar os fatos. 

Laudos

Segundo a filha da idosa, Gidália Nunes, a mãe passou por várias tentativas de atendimento em uma UPA e nos hospitais de Taguatinga e Ceilândia até finalmente conseguir ser atendida no Hospital Regional de Taguatinga. Ela não resistiu e os médicos informaram que a causa da morte foi infecção urinária.

Na certidão de óbito, porém, a causa da morte consta como sepse, que ocorre quando há uma complicação de uma infecção; infeção da membrana da cavidade abdominal; diverticulite perfurada; hipertensão e diabetes. O laudo também constatou a ausência do rim esquerdo.

Na delegacia, a família registrou ocorrência por negligência médica, erro médico e omissão de socorro. Além do laudo da ausência do rim, também foi apresentada uma tomografia computadorizada feito no HRT um dia antes do falecimento. Ele mostra que os rins estavam normais.

IML

Segundo Kenneth Chavante, advogado da família de Emídia e presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB de Samambaia, a idosa passou pelo serviço de verificação de óbitos, mas não passou pelo Instituto de Medicina Legal (IML).

“Não foi efetuado nenhum exame cadavérico da vítima. Diante disso, é de suma importância a realização da exumação do corpo da mesma, para que se possa proceder ao exame cadavérico a fim de identificar a quantidade de rins que se encontram em seu corpo”, afirma.

REPORTAGEM COMPLETA NO G1

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