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sábado, novembro 23, 2024
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“Se as pessoas não estivessem encorajando a vítima, esse fato não teria ocorrido” diz delegado

O delegado Bruno Abreu, responsável pela investigação sobre a morte de Diego Kaliniski, de 26 anos, alvejado por 3 disparos de arma de fogo, criticou a ação de populares durante a ocorrência policial.  A PM foi acionada após denúncia de som alto no local.

Conforme o delegado, 15 pessoas foram intimadas para prestar depoimento, incluindo os policiais envolvidos na ocorrência. A investigação da Polícia Civil deve apurar se houve crime na conduta dos militares.

Delegado da Polícia Civil citou o envolvimento da população no crime – foto? reprodução

“Se as pessoas não estivessem encorajando a vítima naquele momento, esse fato não teria ocorrido. Ele teria sido preso, levado, seria solto e esse fato não teria ocorrido. Há uma parcela de culpa da sociedade que colaborou com esse evento”, disse o delegado.

Conforme o delegado, tiros de alerta foram efetuados por um dos policiais, mas, com a continuidade das agressões, os disparos foram feitos contra o rapaz.

“Dois disparos foram realizados pelo sargento que estava atrás, no momento em que a vítima tomou a arma do outro policial. O sargento deu dois tiros para o alto e isso não foi suficiente para cessar a agressão. Logo depois, o soldado que teve o cassetete retirado da sua mão, mesmo recuando e contra a parede, se viu naquela situação e efetuou os três disparos como único meio que ele tinha no momento, já que o outro, mais moderado, foi tirado da mão dele pela vítima”.

Diante da repercussão do caso, o comandante geral da PM publicou uma carta aberta em uma rede social da instituição.

No texto, o chefe da Polícia Militar do estado disse que as opiniões sobre o caso ‘soam frágeis’ e pediu diálogo sobre “crise de autoridade que permite um jovem esmurrar um policial”.

“Precisamos falar sobre a ação policial, sim, e para tal, um inquérito está em andamento. Mas precisamos falar também sobre a crise de autoridade que permite um jovem esmurrar um policial a fim de evitar ser conduzido.

Outro lado

Os familiares de Diego Kaliniski acusaram a polícia de despreparo na morte do rapaz

“A polícia tinha meios não letais para imobilizar. Eles escolheram assassinar meu primo”, disse Jessica Vasconcelos, prima da vítima.

O sepultamento do jovem ocorreu nesta manhã no Cemitério Municipal de Vera.

Foto: Naira Pache/TV Centro América

Fonte: bomdiamt

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