O volume de fretes rodoviários do agronegócio registrou um aumento de 13,7% no primeiro semestre de 2024, segundo dados da na plataforma Frete.com. Considerada a maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul, a Frete.com, anunciou um crescimento significativo no volume de fretes rodoviários de soja, principal motor desse crescimento. A movimentação da oleaginosa pelo sistema da Frete.com aumentou 52,9% no período, representando 28% dos fretes do agronegócio publicados na plataforma.
O Brasil possui uma malha rodoviária de 1,7 milhão de quilômetros, que representa cerca de 60% da matriz de transporte de cargas do país. Em contraste, as ferrovias, com mais de 30 mil quilômetros de extensão, transportam apenas 20% das cargas, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Apesar dos desafios climáticos que afetaram a produção no Sul do país, as exportações de soja do Brasil registraram um aumento de 2,23% no primeiro semestre de 2024, atingindo 64,15 milhões de toneladas. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram US$ 82,39 bilhões no mesmo período, com o complexo soja liderando com US$ 33,53 bilhões, representando 40,7% do total exportado.
O presidente da Frete.com destacou que, apesar do crescimento no volume de fretes, os custos também aumentaram. No primeiro semestre de 2023, o preço médio do frete no setor agro era de R$ 6,20. No mesmo período deste ano, o valor subiu 4,7%, para R$ 6,49. “No setor agrícola, a demanda por caminhões pode aumentar de forma abrupta, enquanto a oferta de caminhões não acompanha o mesmo ritmo. Isso faz com que os preços dos fretes subam, especialmente para commodities”, afirmou Federico Vega, CEO da Frete.com.
Os fretes de milho também se destacaram, com um aumento de 7,8%, representando 13% das cargas do agronegócio publicadas na plataforma. Em contrapartida, os fretes de fertilizantes, que representam 18% dos fretes do agronegócio na Frete.com, tiveram uma queda de 3,8%.